Auckland (Nova Zelândia) – Itajaí (Brasil)
Começou a mais longa e dura prova da edição 2017/2018 da Volvo Ocean Race – A etapa 7
Que forma mais acertada de iniciar o nosso blog Contos dos Marinheiros do que acompanhar as primeiras horas desta tão épica jornada. A Etapa 7 da Volvo Ocean Race, com início em Auckland na Nova Zelândia e final em Itajaí no Brasil.
No filme postado pela organização da prova, podemos acompanhar a largada e as primeiras duas horas desta etapa, enquanto os barcos concorrentes fazem um percurso inicial entre bóias com pernas de bolina e pernas de poupa dentro de um canal algo apertado para uma última perna de largo apertado e as embarcações a seguirem à bolina para o Oceano Pacífico Sul.
Neste pequeno período de tempo, os fans do desporto da vela deliram ao poderem aproveitar a proximidade dos barcos concorrentes para apreciar as diferentes estratégias na escolha das velas bem como os diferentes estilos de navegação e as capacidades das várias equipas a manobrar estas magníficas embarcações.
Não é para meninos!
À espera destes destemidos marinheiros, os concorrentes da etapa 7 da Volvo Ocean Race, está uma grande aventura, atravessar o Oceano Pacífico junto aos mares gélidos da proximidade da Antártida, navegar no local mais remoto do planeta não sendo possível estar mais longe de terra firme, não é algo que esteja acessível ao comum dos mortais.
Após toda esta provação, os destemidos marinheiros têm de dobrar o cabo Horn, nada mais do que o ponto náutico mais icónico do mundo. Apenas um número muito limitado de marinheiros teve a audácia e oportunidade de passar por ali.
Tudo isto faz com que, nesta etapa, tão ou mais importante que a velocidade e a estratégia, é a garantia da integridade da embarcação e da tripulação, influenciando as escolhas e decisões dos skippers. No entanto, a pontuação a dobrar apela a arriscar um pouco mais.
Continuar a escrever história
Esta prova já se realiza desde 1973, estando na sua 13ª edição, e sempre teve a travessia do Pacífico Sul como a etapa mais dura.
Originalmente, esta prova tinha o nome Whitbread Round the World Race, tendo em 2001 passado a chamar-se Volvo Ocean Race com a mudança de patrocinador principal. Se inicialmente era praticamente livre a escolha da embarcação utilizada bem como as restantes condições de participação das equipas, a evolução foi notória e actualmente a prova é realizada em regime de monotipo sendo mesmo as embarcações fornecidas pela organização. Em compensação, o número de equipas participantes decresceu da ordem das duas a três dezenas para 6 a 8 nas últimas edições.
É muito interessante verificar também a evolução das próprias equipas, nas primeiras edições o espírito seria de embarcar numa aventura de um passeio à volta do mundo em que ao mesmo tempo seria uma corrida e na actualidade as equipas são constituídas exclusivamente por velejadores de competição profissionais com provas dadas em várias provas de renome internacional, incluindo campeões olímpicos, vencedores da América’s Cup, entre outros.
Desde a sua criação, esta prova sempre foi e continuará muito provavelmente a ser um dos maiores ícones de qualquer velejador.